MONGES MÁRTIRES DO MONASTÉRIO DE ALEXANDRE SVIR
Por Vladimir Moss
Tradução de Rafael Resende Daher
No começo da revolução, os Bocheviques tentaram nacionalizar o Monastério Alexandre Svir, Lodeinopolye uyezd, na província de Olonets. Uma união em defesa do Monastério Alexandre Svir foi formada, assim muitos membros da União se uniram e conseguiram impedir temporariamente a nacionalização. Porém, os cinco organizadores da União foram executados.
Então um bando de bolcheviques tomou violentamente o Monastério, e entrarm no Monastério com maldições e blasfêmias nos lábios. Eles tomaram as chaves dos depósitos do Igúmeno Eugênio, tesoureiro e administrador do monastério. Os líderes do monastério se opuseram o quanto puderam e defenderam o heremitério dos saqueadores. O bando não gostou disso, e então condenaram os monges à execução por fuzilamento. Eles forçaram os seis mais velhos, os pais espirituais, a cavar um sepultura no pátio do monastério. Quando a cova ficou pronta, eles colocaram os monges nas bordas e começaram a atirar. Isso foi no terceiro dia da Santa Páscoa. Os mártires pediram para que os executores os permitissem cantar “Cristo Ressuscitou!”. Os executores não permitiram, mas eles começaram a cantar mesmo assim. Foi neste momento que os tiros começaram. Os monges caíram na cova. Segundo uma testemunha, o noviço Karelian João, que assistiu a toda cena escondido atrás de um tronco, viu a grande barba negra do administrador ficar branca assim que ele chegou em frente à cova.
O Novo Mártir Schema-Igúmeno Zózimo do deserto de Svir disse: “Durante toda a época do Cristianismo, nenhum heresiarca introduziu tais opiniões destrutivas [como o Metropolita Sérgio], que profanou a grande façanha Cristã de martírio e de confessar a fé. Nenhum até agora chamou o povo e o mandou se alegrar na destruição de tudo que foi guardado pelos ensinamentos Apostólicos, pelo sofrimento dos santos mártires e confessores... Pois a maioria dos hierarcas simpatizantes, guardam silêncio sobre a essência desta questão, não vendo um cânone específico relacionado a este assunto, e desta maneira tranqüilizam suas consciências. Mas se não há um cânone específico, há todo o Santo Evangelho – o fundamento de todos os cânones”.
(Fontes: Protopresbítero Michael Polsky, Noviye Mucheniki Rossijskiye, Jordanville, 1949-57, part 1, p. 209; "First Epistle of Schema-Igumen Zosimas of Svir Desert" (1927), arquivo pessoal de V.K.; William Husband, "Godless Communists", DeKalb, Ill.: Northern Illinois University Press, 2000, p. 49)